segunda-feira, março 25, 2013

Ora pro-nobis - Você conhece?

Ganhei uma muda de ora-pro-nobis, e me falaram que é muito bom pra saúde. Esse vegetal é muito utilizado na cozinha mineira. Fui fazer uma pesquisa e o resultado estou compartilhando com vocês. Dizem que essa planta pode resolver o problema de fome no Brasil e e em outros países. 
Também tem um vídeo falando sobre a planta. Depois postarei algumas receitas com este vegetal.



ORA-PRO-NOBIS: A PLANTA QUE DÁ PÃO



Uma planta rica em proteínas que pode ajudar
a minimizar o problema da fome não só no Brasil.

Por: Rogério Dosouto

Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a planta Pereskia aculiata pertence à família dos cactos. É uma cactácea nativa da região que vem desde a Flórida até o Brasil. Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível.

Do ponto de vista ornamental, a “ora-pro-nobis” apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. O curioso é que poucas pessoas conhecem ou tiveram a oportunidade de presenciar sua floração que, embora seja exuberante, é efêmera, pois dura apenas um dia. Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores.

Após a floração, o “ora-pro-nobis” produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas.

Pão e macarrão verdes
As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico.
Por apresentarem fácil digestão, as folhas da planta podem ser usadas de diversas formas. Uma boa alternativa é triturá-las com água no liquidificador e juntar à massa do pão, acrescentando ao alimento mais nutrientes e uma atraente cor verde. O mesmo pode ser feito com a massa de macarrão. As folhas podem também enriquecer saladas, refogados, sopas, omeletes, tortas ou mesmo dar mais riqueza ao nosso velho arroz-com-feijão.

O cultivo mecanizado e o processamento industrial do ora-pro-nobis poderiam representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade. No entanto, essa planta é pouco conhecida. Ela poderia integrar planos de governo na recuperação de áreas degradadas e no combate à fome, mas os políticos são cegos para o que o povo precisa. Assim, enquanto o ora-pro-nobis não desperta interesse no plano governamental, o cultivo doméstico pode representar o primeiro passo para a abertura de uma nova alternativa para as regiões áridas.

Os estudos para o desenvolvimento genético dessa planta poderiam trazer grandes benefícios, mas enquanto isso não acontece, o ora-pro-nobis pode ser cultivado em jardins e quintais, onde suas propriedades nutricionais e ornamentais têm a oportunidade de ser exploradas.



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Ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), do latim "rogai por nós", é uma cactácea, um cactotrepadeira com folhas.[1] Tem espinhos e pode ser usada em cercas-vivas, se desenvolvendo bem tanto à sombra como ao sol.
Originária do continente americano, encontram-se variedades nativas dessa hortaliça perene, rústica e resistente à seca da Flórida, nos Estados Unidos, à região sudeste do Brasil.
Segundo tradições populares, o nome teria sido criado por pessoas que colhiam a planta no quintal de um padre, enquanto ele rezava em latim: Ora pro nobis.
O nome científico é uma homenagem ao cientista francês Nicolas-Claude Fabri de Peiresc, e o termo aculeata vem do latim e significa espinho, agulha.
Acredita-se que o cultivo em larga escala do ora-pro-nobis poderia representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade, devido a seu fácil cultivo, grande produção e alto valor nutricional.

Gastronomia

É um vegetal rico em ferro, ajuda a curar anemias das mais graves. Usa-se como o orégano, em forma de folha seca e moída. Também usada no preparo da farinha múltipla, complemento nutricional no combate à fome.
Suas folhas são ricas em mucilagem, que contribui para o bom funcionamento do intestino.
As folhas secas e moídas são usadas em diferentes receitas, especialmente em sopas, omeletes, tortas e refogados. Muita gente prefere consumir as folhas cruas em saladas, acompanhando o prato principal. Outros as usam como mistura para enriquecer farinha, massas e pães em geral. É servido cotidianamente nas cidades históricas do estado de Minas Gerais, onde a planta é mais popular.
Ainda há o emprego para a produção de mel e possui 25,4% de proteínas, sendo por isso conhecido como "carne dos pobres", vitaminas A, B e C bem como, além do ferro, minerais como cálcio e fósforo.[1][2]

 

Cultivo

A variedade tem flores brancas, quando é mais adequada para consumo,[1] e suas folhas podem ser ingeridas refogadas ou mesmo cruas, as flores também são comestíveis. A variedade comestível tem miolo alaranjado e folhas pequenas e suculentas.[3]
A ora-pro-nóbis é propagada por meio de estacas plantadas em solo fértil enriquecido matéria orgânica e, depois de enraizadas, são transplantadas para o local definitivo.
Serve também para alimentação animal, in natura ou na ração, barateando os custos da produção.
O ora-pro-nois não pode ser confundido com a grandiflora ou a bleo que têm flores rosa (muito comuns no Brasil, e difíceis de serem diferenciadas sem a florada).

No Brasil

Encontrado em diversos estados do Brasil, em algumas localidades atingiu o status de ingrediente culinário, onde é refogado com vários tipos de carnes e é empregado em ensopados.[3]
Na cidade de Sabará, existe o Festival do Ora-pro-nobis, onde é comum utilizar a cactácea para pratos culinários. Em Sabará também teria surgido a lenda de que o nome ora-pro-nobis é uma referência a uma lenda que em uma época em que pessoas colhiam a planta no quintal da casa de um pároco, ele sempre rezava uma ladainha.[3]
Em Tiradentes, outra cidade brasileira de Minas Gerais, também há restaurantes que utilizam a ora-pro-nobis, sendo apreciado o frango com ora-pro-nobis.

Referências

1.   a b c Silveira, Georgeton. (18 de agosto de 2008). Cultivo do ora-pro-nóbis. Jornal Estado de Minas
2.   Folha de S.Paulo. (14 de junho de 2001). Boquiaberto - Proteína verde das Gerais
3.   a b c Botelho, Rachel. (10 de maio de 2007). Típico da cozinha mineira, ora-pro-nóbis é protéico. Jornal Folha de S.Paulo




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ORA PRO NOBIS

Pereskia grandifolia.

Descrição : Planta da família das Cactaceae. Também conhecida como rosa-madeira, groselha-da-américa, groselha-dos-barbado, groselheira-das-antilhas, jumbeba.
Arbusto trepador ramificado de até 3m de altura e totalmente armado de acúleos, que vegeta em diversos pontos do nosso território, especialmente nas restingas.
Cada uma de suas suculentas folhas é munida de dois pequenos espinhos. As flores, de cor brancacenta, dispõem-se em panículas terminais. Os frutos consistem em pequenas bagas amarelas, angulosas e de sabor insípido. Prefere solos rico em matéria orgância
Principios Ativo : Proteínas, vitamina A, magnésio, fósforo, cobre.
Propriedades medicinais: emoliente, expectorante.
Indicações: Anemia (desnutrição), inflamação cutânea, sífilis, tumor.
Modo de Usar : Planta utilizada como cerca viva. Na medicina é utilizada para tratar tumores e outros tipos de inflamações cutâneas, anti-sifilíticas. Na desnutrição utilizar as folhas frescas ou secas no feijão, no preparo de saladas, refogados, na sopa e sucos.






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Ora Pro Nobis ajuda no combate ao câncer

Clarice Monteiro Repórter

Apesar de ainda causar polêmica entre adeptos da medicina complementar e a medicina tradicional, o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é crescente e já conta com a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apoio do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% da população mundial faz uso de plantas medicinais para o tratamento de doenças.
A medicina atual deve muitos de seus avanços à sabedoria popular e sua confiança no poder de plantas para amenizar e até curar enfermidades.
A ora pro nobis (Pereskia aculeata), uma planta até há poucos anos muito utilizada na culinária mineira e que quase desapareceu, volta à boca do povo respaldada por pesquisas sobre seu valor nutricional e possíveis propriedades auxiliares em tratamentos oncológicos. O vegetal, um cacto trepadeira de folhas suculentas e flores brancas com miolo amarelado, ainda não consta nas listas oficiais de fitoterápicos, mas tem despertado a atenção de pesquisadores e populares pela variedade de usos nos campos ornamental, alimentício e medicinal.

A ora-pro-nóbis não faz parte da lista da Anvisa, que regulamenta a produção e venda de fitoterápicos. Segundo Foued Salmen Espindola, professor de Bioquímica da UFU que integra a rede Fitocerrado, voltada para estudos e preservação de espécies nativas do cerrado, também não há registro formal no grupo sobre efeitos medicinais da ora pro nobis. Ainda assim, estudos desenvolvidos na Universidade Federal de Lavras (MG) avaliaram a composição bromatológica da planta e apontam que as folhas contêm cerca de 20% de proteína, vitaminas A, B e C, minerais como cálcio, fósforo e ferro. Também constataram que o vegetal, “além da proteína bruta, poderia contribuir com a ingestão de fibra e prevenir várias doenças como varizes, câncer de cólon, hemorróidas, tumores intestinais e diabetes.”

Médico sugere orientação

Os medicamentos fitoterápicos, feitos a base de plantas e seus componentes, são utilizados como complemento ao tratamento por pacientes com- câncer. Os mais procurados nesses casos são os produtos feitos de graviola ou cogumelo do sol, segundo Mariana Frasão, técnica em enfermagem e balconista de uma farmácia homeopática de Uberlândia. Há dois anos no atendimento, a técnica afirma que não há procura por medicamentos de ora pro nobis, embora ela já tenha ouvido falar da utilização da planta por pacientes com câncer.
O médico oncologista Glauco Silveira afirmou desconhecer estudos conclusivos de comprovada eficácia da cactácea no combate de tumores. O especialista, porém, atesta o valor nutricional do vegetal. “A composição de proteína, ferro, vitaminas A e C e ácido fólico fazem da ora pro nobis uma importante aliada contra a desnutrição e as fibras podem ajudar no funcionamento intestinal”, disse.
O oncologista afirmou não ser contra a utilização de tratamentos complementares, mas alertou que um profissional deve ser sempre consultado com antecedência. “Todas as plantas possuem substâncias que em doses erradas podem fazer mal e até agir contra outros medicamentos”, afirmou.


Usuária recorreu à planta com sucesso

Para tratamento dos vários tipos de câncer, uma alimentação que inclui ervas e alimentos naturais é recomendada pelos médicos. “Vemos uma relação do aumento da ocorrência de câncer com o maior consumo de alimentos industrializados e o ritmo de vida estressante, portanto escolhas naturais auxiliam o tratamento”, afirmou o oncologista Glauco Silveira. Frutas cítricas com vitamina C são recomendadas pela presença de agentes antioxidantes, que combatem as células cancerígenas.
Adepta do naturalismo, a dona de casa Maria das Graças Ferreira fez uso de diversas plantas como complemento ao tratamento do câncer de pulmão, descoberto em 2007. Segundo ela, a notícia não foi recebida com surpresa em função de ter sido ex-fumante e do histórico familiar marcado pela doença – ela perdeu quatro irmãos e o pai por câncer. A dona de casa começou as sessões de quimioterapia em 2008. Para lidar com o emagrecimento e demais efeitos, fez uso da planta tiborna, alho, limão, couve roxa, linhaça e muita ora pro nobis. “Tinha plantação em casa antes de reformar aqui. É uma delícia no azeite de oliva, com cebola, e me ajudou muito”, disse.
Com a receita, o somatório de tratamento médico, espiritual e muito otimismo, Maria das Graças venceu a doença. “Os médicos não sabem porque estou aqui. Pela medicina clássica, o câncer de pulmão não teria cura”, afirmou.

Distrito resgata a história e o uso

A planta Pereskia aculeata pertencente à família das cactáceas, é apelidada popularmente de ora pro nobis, “rogai por nós” em latim. O nome é atribuído ao fato de que a planta seria colhida no quintal de um padre, sempre quando ele rezava uma ladainha. Teve papel fundamental na alimentação de escravos e, por isso, é também conhecida como “carne dos pobres”, pela alta concentração de proteínas que possui. Era comumente utilizada na culinária há alguns anos nos estados de Espírito Santo e Minas Gerais. Com o passar do tempo, o costume foi se perdendo. Porém, em Cruzeiro dos Peixotos, distrito de Uberlândia, a utilização da planta se mantém presente no restaurante de comidas típicas mineiras que leva o nome da cactácea. Segundo a proprietária, Dolores Mendes, a intenção foi resgatar a importância do vegetal para a culinária regional. “É uma planta muito nutritiva, que pode ser usada em diversas receitas e auxilia a matar a fome. Não pode desaparecer”, disse Dolores. Da cerca viva que mantém na propriedade, recebe pedidos freqüentes das folhas e flores.

Usos da ora pro nobis

Medicina popular – folhas secas são usadas no tratamento contra o colesterol, e as folhas novas, maceradas com azeite, no tratamento de furúnculos. É aplicada para tratar tumores e outros tipos de inflamações cutâneas, anti-sifilíticas.
Alimento – as folhas são comestíveis. Para evitar desnutrição, as folhas frescas ou secas são usadas no feijão, no preparo de saladas, refogados, na sopa e sucos.
Planta ornamental – por meio de estacas, forma uma cerca viva.              
É apreciada também por suas flores róseas

Fonte: Universidade de São Paulo

Plantas auxiliares do tratamento do câncer

Cúrcuma
Chá Verde
Cogumelo do Sol
Equinácea
Graviola
Ipê Roxo
Macela
Chlorella
Aveia
Tribulus terrestris
Espinheira Santa
Porangaba
Rhodiola rosea

Fonte: http://www.correiodeuberlandia.com.br/

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Um comentário:

  1. Vi recentemente uma postagem sobre a riqueza dessa planta neste link:
    http://opsicoanarco.blogspot.com.br/2014/05/ora-pro-nobis-receitas-que-seu-alimento.html

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